Autora: Tatiin Ann Mars
SINOPSE:
Michael Jackson e Lisa Marie Presley chocaram o mundo ao anunciarem que eram casados oficialmente em 26 de maio de 1994. O casal namorou durante 1 ano às escondidas, pois a princesa do rock’roll havia se separado a pouquíssimo tempo de seu primeiro marido, o arquiteto Danniel Keough. Michael e Lisa Marie se conheceram em um baile beneficente promovido por uma amiga em comum Cissy Houston. No longo desses 15 anos juntos (2009) o casal já havia enfrentado diversos obstáculos como: o assédio e difamação da mídia, a falta de apoio familiar, especialmente da mãe de Lisa, a empresária de moda Priscilla Anne Beaulieu. Porém eles tinham apoio incondicional de duas pessoas essencias: da matriarca Katherine Jackson e do aposentado rei do rock Elvis Presley...apesar disso o casal Jacksley ainda teria que enfrentar muitas provas. Será que o amor que juraram a tanto tempo resistiria a mais momentos tempestuosos?...
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Capítulo 1: O início do fim
9 anos antes (Los Angeles, anos 2000).
“- Michael eu já falei que acabou!!! Não me liga mais por favor!”
Falou a jovem herdeira do clã Presley ao telefone. Michael e Lisa estavam casados há quase 6 anos, ele desejava muito em ter um herdeiro. Eles já haviam discutido inúmeras vezes por causa da insistência dele e dela ter pedido um tempo até que o casamento estivesse amadurecido. Apesar de estarem à um tempinho juntos, Lisa ainda não sentia confiança suficiente em gerar essa criança e colocá-la no mundo com toda a carga da responsabilidade dos sobrenomes que teria que carregar. A batida do telefone ao gancho foi estrondosa. Lisa estava relutante, se sentia traída, porque Michael visitava às escondidas Deborah Rowe, uma enfermeira invasiva, que trabalhava para o dermatologista pessoal de seu marido. Eles se conheciam à anos, mas Lisa Marie percebeu que ela estava apaixonada por ele, fazia massivas investidas, ao ponto de descobrir uma proposta suja que ela fez à Michael. Karen Faye, a maquiadora e amiga do casal fez questão de contar tudo à Presley, que ao tirar satisfações de seu marido, que não negou os fatos, a até deu a entender que ficou balançado. Isso resultou numa briga feia de casal, regada por inúmeros xingamentos e vários vasos sendo lançados por Lisa para acertar a cabeça desmiolada de Michael, e uma linha inteira de quadros caros destroçados para minar sua raiva.
De ímpeto, ela fez duas malas com roupas dela e de seus filhos pré adolescentes Danielle e Benjamin.
Transtornada, pegou seu carro na garagem, fez as crianças entrarem e partindo de Neverland, sem dar chances de Michael protestar.
Ao chegar em seu apartamento em Los Angeles, ao desfazer as malas, se deu ao luxo de chorar copiosamente, externalizando toda a angústia que corroía sua alma.
{...}
“-Eu disse a você que esse casamento um dia te daria uma baita dor de cabeça .” - Disse Priscilla venenosa na hora do jantar. Fazia três dias que Lisa havia regressado, tinha tanto tempo que não pisava ali, que até se esqueceu que emprestara o apto para sua mãe morar.
Por hora as crianças estavam com o pai deles. A vontade de Lisa era de ficar sozinha e refletir se iria lutar mais uma vez por seu casamento ou não, mas sua mãe não quis deixá-la, porém sua inconveniência estava perturbando ainda mais a jovem.
“-Não quero falar disso mamãe. Você sabe muito bem que sobre meu segundo marido eu jurei nunca conversar a respeito contigo. Não quero começar uma outra briga, por favor.” Lisa disse tentando encerrar o assunto.
“-Meu amor ele te traiu! E...” Quando Lisa iria replicar, um súbito mal estar a invadiu, fazendo a moça correr às pressas para o toalete mais próximo. No banheiro Lisa vomitou seu café da manhã e provavelmente o pouco do almoço que conseguiu engolir. Fechou a tampa do vaso dando descarga. Lavou suas palmas e seu rosto, bochechou água lavando a boca; passando as mãos molhadas por toda extensão de seu pescoço, suspirou pesadamente, tentado entender o porquê daqueles enjoos.
Depois de 20 minutos ali, se recompôs, regressando na sala de jantar.
“-Meu Deus filha! O que aconteceu??? Fiquei preocupada.” Disse Priscilla afoita.
“-Senti um enjoo repentino. Mas já passou.”
Priscilla assentiu, mas aconselhou:
“-Melhor chamar o doutor Adam Lourenço. Vai que seja algo grave.”
“-Não há necessidade disso. Estou bem. Se não melhorar, amanhã eu irei na minha médica particular Tyra Banks.
Vou me recolher, boa noite mamãe.”
Dito isso, Lisa beijou o rosto de Priscilla, saindo dali. Foi para o seu quarto, onde tinha uma enorme cama de casal, que ela trocou assim que se casou com Michael, e foi naquele recinto que eles fizeram amor pela primeira vez. Lisa Marie mais uma vez suspirou entristecida. As lembranças do dia de seu casamento vieram como uma avalanche:
##FLASHBACK ON##
Porto Pueblo, República Dominicana, 26 de maio de 1994.
Narração da Lisa Marie:
Os ornamentos daquela capela eram perfeitos. Arquitetura gótica mesclada com o barroco, as esculturas sacras davam um ar divino ao local. Apesar de mim não ser adepta à religião cristã, Michael fez questão que casassémos ali, mas sem a presença de um líder religioso, apenas tendo um juiz e duas testemunhas. Uma das testemunhas foi uma amiga minha de infância Rebecah Mikaelson, e a outra foi um amigo de Michael e empresário John Branca. Estávamos nervosos mas extremamente felizes.
“-As alianças. Se quiserem podem fazer seus votos de amor.” Disse o juiz simpático. Eu tinha comprado um vestido simples, mas muito bonito de cor bege e todo pérolado. Calcei sapatos brancos de saltinho agulha e fiz uma maquiagem leve. Michael estava estilosamente vestido com um dos seus trajes militares, porém com um blazer vermelho, camisa branca, calças escuras, seus costumeiro sapatos mocasins e seu chapéu fedora, que teve que tirar, em sinal de respeito, assim enlaçando nossas mãos.
“-Eu Michael Joseph Jackson te recebo Lisa Marie Presley como minha esposa. Te juro amar, respeitar e ser fiel, te fazer feliz por todo o resto de minha vida.
Lisa seu ser fornece à minha galáxia toda força que eu necessito. Juro que te amarei além da vida, pela eternidade."
Ele declarou me fazendo ficar muito emocionada. Colocou a aliança junto ao dedo que já estava meu anel de rubi de noivado.
Agora era a minha vez, então falei:
"-Eu Lisa Marie Presley te recebo Michael Joseph Jackson como meu esposo, te juro amar, respeitar e ser fiel.
Michael, você apareceu em minha vida como uma chuva de verão regando minha terra seca e infértil. Trouxe significado a minha vida, eu estou indiscutivelmente e irremediavelmente apaixonada por você. Quero ficar contigo até o fim dos nossos dias, te amo meu Turd.”
Dito isso, coloquei a aliança em seu dedo, e assim após as correspondentes assinaturas dos noivos e das testemunhas ao documento que oficializada a nossa união, selamos com um beijo apaixonado aquele momento mais que perfeito.
###FLASHBACKOFF###
Deitei na cama e chorei com desespero. Por que ele fez aquilo comigo??? Jurou me amar e partiu meu coração??? Não era justo. E esse mal estar agora??? Se minhas suspeitas estiverem certas eu estaria grávida e talvez meu casamento quebrado pudesse de alguma forma ser reconstruído... ainda estava com muita raiva dele, mas um filho mudariam muitas coisas... sorri em meio às lágrimas teimosas acariciando meu ventre.
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Capítulo 2: A primeira vez como um casal.
Santa Bárbara, 1994
Narração do Michael:
Eu havia me casado com a mulher mais linda do mundo, que me ama e compreende meu estilo de vida! Estava tão feliz!!! vê-la vestida de noiva parecia um anjo, meu anjo, meu amor, minha fada, minha alma gêmea. Após a cerimônia, ficamos apenas mais um dia em Porto Pueblo, pegamos um jantinho particular, vindo direto para minha casa, o rancho Neverland. Agora aquele local seria o nosso lar, onde constituiríamos nossa família e breve faríamos filhos para completar o time juntamente com Danielle e Beijamin.
Aquela seria a nossa primeira noite como casados. Eu queria ter esperado mais pelo momento ideal, porque sou um cavalheiro, mas quando fui conhecer o apartamento de Lisa Marie, já estávamos namorando à 3 meses, foi lá que tivemos nossa primeira relação sexual. Não me arrependo, mas queria que tivesse sido muito mais romântico, como foi na noite em um hotel na Inglaterra, quando ela me acompanhou para a publicidade do meu álbum History. Foi uma surpresa maravilhosa que eu preparei do qual ela não esperava, pois achou que eu havia ficado chateado por ter rolado como rolou em nossa primeira vez. Todavia aquela noite nas terras britânicas ficaria marcado em minha memória para sempre:
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Londres, Inglaterra, hotel Loe Lodge, 1993.
A publicidade do meu novo álbum de remixes History havia se encerrado naquele dia. Lisa Marie tinha vindo comigo, mas aproveitou que eu estava com meu dia atarefado para visitar uma amiga. Só voltaria ao hotel de noite. Eu teria tempo de preparar tudo. Queria uma noite de amor perfeita. Então me disfarcei e pelo final da tarde fui à uma lojinha de decorações. Comprei meia dúzia balões de coração, fitas e cartazes com frases românticas, alguns com trechos de minhas canções, e rosas vermelhas das quais espalhei as pétalas pela cama; pedi para o serviço de quarto uns aperitivos e um bom vinho bourbon que ela tanto adorava, coloquei para congelar no frigobar. Aproveitei para comprar uns alimentos, pois hoje utilizaria meus dotes culinários que aprendi a desenvolver com uma senhora cozinheira brasileira, que cuidou da gastronomia particular minha e de meus irmãos na época das turnês dos Jacksons.
Tomei banho, me vesti a caráter e me perfumei.
O jantar também já estava preparado, fiz um peixe ao molho e umas abobrinhas recheadas, já que Lisa era vegana. Um bolo de laranja com chocolate, claro, tudo com ingredientes naturais. Arrumei a mesa redonda que pedi para trazerem ao quarto, com duas cadeiras macias. Aloquei os pratos, talheres e as taças, acendi um castiçal com velas aromáticas. Estava tudo devidamente pronto .
{...}
Minha ansiedade já estava a mil, era oito horas da noite e nada dela. Quando estava prestes a desistir, minha namorada finalmente perpassou pela porta. Tirou o casaco, colocando-o na cabideira, tirou as botas colocando-as no armarinho de canto. Quando ela se deu conta da surpresa, elevou as mãos a boca, chocada, depois expressou um lindo sorriso que aqueceu meu coração. Vindo ao meu encontro, me abraçou e me deu um selinho.
“-Turd isso é o que eu estou pensando?? Um jantar romântico?” Ela disse ainda abobalhada.
“-É sim Lis. Quero aproveitar que estamos longe da escrota mídia americana, para curtimos e nos conhecemos melhor. Quero que essa noite seja muito especial.”
“-Aaaah meu amor!!! Bem que me falaram que você era extremamente romântico. Michael eu te amo.” Ela me disse, então nos beijamos apaixonadamente. Os beijos foram se tornando mais urgentes, tive que me segurar para não fazê-la minha naquele momento.
“-Pequena se acalme, vamos curtir o momento. Venha vou servir o jantar.”
“-Eu vou ao toalete me recompor. Já volto.”
Ela saiu. E em poucos minutos regressou se sentando rente a mesa. Nos servimos, e o jantar foi agradabilíssimo, regado de risos e conversas amenas.
“- Sabe Mike, eu nunca me senti assim.”
“-Assim como amor?”
“-Quando estamos juntos me sinto elevada. A alma leve, e o coração cheio de paz. Só me sinto dessa forma quando estou na presença do meu pai.”
Ela me confessou. Eu lhe ofertei um de meu melhores sorrisos.
“-Eu também Lisa. Não pensei que demoraria tanto para mim achar a mulher da minha vida. Com você não tenho medo de estar casado, de ter uma família, pois você é sinônimo de lar. Eu desejo envelhecer ao seu lado, de alguma forma eu sinto que nossas almas se pertencem. Eu te amo como nunca pensei amar alguém, minha pequena.”
Disse-lhe e ela sorriu emocionada.
{...}
Depois do jantar fomos para ala da cama, e ela ficou ainda mais deslumbrada por ver aquela decoração tão romântica de perto.
Ela sorriu sapeca e me disse:
“-Eu comprei uma lingerie branca, quero vestir para você. Espera só um momento.”
Eu fiquei absorto. Ela saiu rapidamente de minha presença. Diminui um pouco as luzes, colocando um LP, para tocar uma canção de meu sogro Elvis Presley na vitrola - “I can help falling in love.” Amava aquela canção, retratava o momento mágico que iríamos viver.
Ela retornou deslumbrante e sexy naquela lingerie, que eu estava louco de tesão para arrancar com a boca. Tirei minha camisa branca, meus sapatos e calça preta, ficando somente de cueca e com uma baita ereção evidente.
Lisa me olhou com devoção, amor e desejo. Se aproximando, me agarrou pelo pescoço, nos devoramos aos beijos. Minhas mãos inquietas apertaram seu bumbum, ela gemeu. Fui tirando aos poucos aquela peça íntima, beijando e mordiscando seu ombro e pescoço cheirosos, ela arfou. Lisa se afastou de mim, tirando a lingerie por completo, se deitou sobre a cama, ficando totalmente exposta.
Também me livrei de minha última peça indo ao seu encontro. Comecei uma trilha de beijos lânguidos por seus pés, pernas, até chegar no meio de suas pernas. Lisa estava trêmula, mas não me impediu.
“-Senhor devasso Rei do pop, o que pensas em fazer com essa rebelde sem causa?” Ela falou divertida, com fala entrecortada pelo desejo saliente.
“-Vou te dar o melhor sexo oral que já teve em sua vida. Vou te amar até a exaustão.”
Dito isso, comecei com beijos cálidos em sua virilha, depois mordisquei sua entrada. Trabalhei habilidosamente com minha língua em seus pontos sensíveis, também frequicionando com 2 de meus dedos. Lisa gritava de prazer, até finalmente gozar. Percorri com meus lábios por sua barriga, chegando em seus seios, chupei e mordisquei cada um deles, com toda a fome que estava dela. Beijei seus lábios doces, me posicionando, a invadi firme e duro, do jeito que ambos gostávamos. Ela circunvizinhou minhas coxas, apoiando seus pés sobre meu bumbum, fazendo que eu a preenchesse por inteira. As estocadas se tornaram urgentes e precisas, dava para ouvir nossos gritos de prazer ecoar por todo o quarto. Mais algumas investidas, chegamos ao ápice do prazer juntos. Saí de dentro de Lisa, deitando sobre seu peito, sentindo seu afago. Ali ouvindo as batidas desenfreadas do seu coração me sentia em casa.
#Flashback Off ¥¥¥¥¥
{...}
Ao aterrissarmos no heliporto de Neverland, descemos para a entrada principal. Tinha alguns funcionários esperando por nós. Ainda caminhando pelo jardim, peguei Lisa no colo, ela deu um gritinho, mas adorou o gesto carinhoso.
“-Pequena, mega bem vinda a sua casa. Prometo te dar inúmeros momentos felizes, te amo.”
Nos beijamos, e ainda com Lisa em meus braços, cumprimentei a todos e adentrei rapidamente com minha esposa, rumando diretamente para o nosso quarto, do qual eu pedi que decorassem ao seu gosto.
“-Michael a gente nem falou direito com os funcionários, o que vão pensar??? Que somos coelhos??”
“-Lis já é noite, amanhã a gente faz as devidas apresentações. Vem cá vem, vamos curtir nossa primeira noite de casados, minha esposa!!! Lisa Marie Presley Jackson! Soa tão bem.”
Ela sorriu lindamente, cerrando seus braços sobre meu pescoço.
“-Soa perfeito. Meu marido. Te amo seu doidinho. Meu Turd!”
Naquela noite fizemos amor até ao amanhecer... Nos braços de Lisa Marie, minha esposa, era o meu verdadeiro lar.
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Capítulo 3: Crise de ciúmes - parte 1
Santa Bárbara, rancho Neverland, 2009 (dias atuais)
“-Bom dia pais mais adorados do mundo!”
Disse a linda meninha meiga de olhos expressivos, Paris, descendo as escadas, se ajuntando ao casal Lisa e Michael e aos seus meio irmãos Danielle e Benjamin.
“-Pronta para seu primeiro dia de aula tampinha?” Disse Riley provocando a irmã.
“-Danielle já te disse pra não falar assim com sua irmã.” – Lisa a repreendeu, Riley fez careta como resposta.
“- Cadê o Prince?? Já está arrumado? vocês vão se atrasar!!!” – disse Michael preocupado.
“-Fica tranquilo paidrasto, que antes de ir pra faculdade eu deixo as crias de vocês no colégio.” – afirmou Riley.
Era o primeiro dia de Paris e Prince no quarto ano, e o último ano de Ben no colegial. Todos estavam nervosos, apesar das diferenças de idades, os irmãos brigavam entre si, se provocavam, mas se amavam muito.
"-Mike, eu o vi ainda deitado quando desci." Falou Ben.
"-Vamos aguardar mais um pouco para vermos se ele resolve descer. Se não, eu mesmo irei buscá-lo." Disse Michael já tenso, pela demora do garoto. Lisa apenas concordou com o marido.
“-Filha você ainda está saindo com aquele rapaz, o tal do Jordan Hanson???” Perguntou Lisa despreocupadamente, dando uma garfada em sua omelete vegetariana.
“-Danielle está namorando é?? Eu o conheço??” – Michael perguntou dando uma golada no seu suco de laranja.
"-Deve ser mais um bocó que ela vai partir o coraçãozinho." Disse Ben, dando de ombros, fazendo a moça gesticular a mão rente ao peito, fingindo estar ofendida, mas era deboche.
“-Ele gosta de ser chamado de Taylor. Não estamos namorando, só nos conhecendo melhor. Aaaah gente vamos encerrar esse assunto??? Não quero falar disso com meus pais né?!!!” Ela respondeu envergonhada, fazendo Lisa e Michael rirem.
“-Turd você o conhece sim, ele é de uma banda famosinha de meninos loiros. Cantou com você num show beneficente, um especial para o Teleton N.Y em 2002, se lembra ???
“-Lembro sim amor! aquele moleque era meio feinho, ele melhorou??” a gargalhada de Michael preencheu o lugar.
“-Sim meu amor. Virou um jovem muito bonito, carismático e educado. Um grande fã seu.”
“- Mamãe quem não é fã do Michael??? Para né?!!! Disse Riley, tentando desviar mais uma vez do assunto.
“-Riley traga ele para visitar Neverland algum dia. Garanto que iremos nos divertir bastante.”
“-Okay, obrigada Mike.” Riley sorriu assentindo. Mas, uma confissão de Paris chamou atenção de todos:
“-Eu também tenho um namorado. O nome dele é Jaden.”
“- Paris minha filhota, você não tem idade para namorar ainda, lembra do que conversamos?? Você e Jaden são apenas amigos.” Falou Lisa tentando apaziguar, percebendo já o descontentamento de um pai enciumado.
“-Lembro sim mamãe, só poderei namorar aos 13 anos, assim como foi com você!”.
“- Só poderá namorar com 15 ou 19 anos, isso se o tal rapaz for corajoso para me enfrentar.” – Disse Elvis, entrando na sala de refeições onde todos estavam tomando café da manhã, e esperando Prince descer.
“-Vovô Elvis!!!” Os netos gritaram em uníssono. Elvis, por sua vez, abraçou e beijou a cada um deles, cumprimentou respeitosamente Michael, e por fim abraçou e beijou Lisa.
“-Estou com você sogro!!! Já botei pilha para esse tal do Jordan.”
“-Aaah não, o foco aqui é a Paris, não sou eu. Tchau família, amo vocês. Chato e Tampinha espero vocês no carro!"
Dito isso, Riley saiu; tirando o veículo da garagem, manobrou e o estacionou frente a entrada principal. Então Paris e Ben se despediram dos pais e do avô, adentrando no carro, partiram dali com a irmã mais velha.
{...}
“-Turd precisamos averiguar o que aconteceu com o Prince.” Quando fizeram menção de subir, Grace, a babá dos gêmeos, descendo as escadarias, informou:
“-Senhor e Senhora Jackson, o menino Prince está adoentado, e por meus anos de experiência, tenho certeza que se trata de caxumba!”
Lisa ficou visivelmente nervosa com a notícia; nem pestanejou, tratou logo de chamar o pediatra particular das crianças, do qual Michael sentia um ciúmes descomunal, por terem sido rivais num passado não tão distante.
{...}
Gertudres, a governanta da casa abriu a porta para o doutor Adam Lourenço poder entrar. Lisa estava visivelmente aflita, Michael emburrado, mas também preocupado.
“-Adam, muito obrigada por ter vindo tão rápido. Vamos subir, Prince está no quarto.”
O doutor apenas assentiu, após cumprimentar com um gesto mais geral a todos na sala. Ao subirem, encontraram o garoto deitado, Grace havia regressando ao recinto para fazer companhia a ele. Prince estava com as bochechas inchadas e um tanto avermelhadas.
Adam abre sua maleta, pegando seus acessórios clínicos para examinar o rapazinho.
“-Me deixem a sós com o menino. Daqui a pouco chamarei a todos de volta.”
Ordenou Adam tranquilamente, Michael não gostou nada daquilo. Quem ele pensa que é?! e sob protestos foi arrastado por sua esposa pra fora. O casal Jacksley foram aguardar em seu quarto, outrora suíte que era apenas do cantor quando solteiro. Ao entrarem, Michael bateu a porta estrondosamente. Estava visivelmente perturbado e irritado com aquela situação.
“-Pra quê essa ceninha ridícula, Michael???” Lisa vociferou nervosa.
“-Já te falei inúmeras vezes que eu não quero aquele cara tendo passe livre na minha casa!”
“- É a nossa casa!! E Adam é o médico pediatra dos nossos gêmeos. Para de bancar o mimado, porra!!”
“- É muita petulância sua receber aquele engomado aqui em Neverland, depois que vocês fingiram dele ser o pai dos meus filhos!!! Existem outros médicos, mas precisava ser logo esse mané né??!! Berrou, passando as mãos pelo rosto e cabelos, nervosamente.
“-Isso já faz muito tempo. Pensei que já tivesse superado essa história. Deixa eu te refrescar a memória: a culpa daquela merda toda foi sua!!! Eu te perdoei, te aceitei de volta e você fica aí com esse ciúmes bobo!!!”
“-Estou sim com ciúmes, e com razão. E te aviso: essa é a última vez que esse imbecil entra nesta casa!”
“-Ciúmes com razão?? Ah vai se fuder Michael!! Sabe de uma coisa?! Enquanto você não mudar de atitude, vai dormir no sofá. Eu vou sair dessa porra de quarto, para saber como está a saúde do meu filho e quando voltar não quero te ver mais por aqui. Espero que o senhor reflita nessa crise ridícula de ciúmes, seu idiota!!!”
Dito isso, Lisa saiu, batendo a porta, sobre os gritos incessantes de seu marido chamando por ela, mas em vão.
{...}
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Capítulo 4: Parabéns, você será papai.
Los Angeles, anos 2000, três meses antes.
Narradora:
Para passar por uma consulta de rotina com seu médico dermatologista, Doutor Alfonso Debret, Michael acordou cedo naquele dia. Ele não havia voltado para Neverland na noite passada, pois o dia tinha sido muito corrido, os produtores da Sony Music pediram para que ele gravasse mais 5 faixas extras para o seu novo álbum, que a princípio se chamaria Decade. Michael ainda não tinha terminado de compor as canções para esse material em específico, porém, ele tinha algumas músicas armazenadas que escrevera na época que ainda estava namorando sua amada pequena.
Antes de sair, fez uma ligação para Neverland.
“-Casa da família Presley Jackson.” – uma empregada atendeu.
“-Rosa? Aqui é o Michael, a senhora Jackson está ?”
“-Olá senhor Jackson, a senhora Jackson acabou de sair para levar os filhos ao colégio. Gostaria de deixar recado?”
“- Só avisa que eu liguei. Obrigado.”
Michael suspirou vencido. Por não ter regressado para casa, provavelmente Lisa estaria chateada.
Ao terminar de se ajeitar, calçou seus sapatos mocassins, fez sua higiene matinal, colocou seu chapéu fedora na cabeça e então saiu do quarto. No saguão pediu um aperitivo para o desjejum, uma omelete simples com suco de melancia.
A garçonete loira de pertos fartos indagou:
“-Eu sei que sempre fazem o mesmo pedido para o senhor, e que isso não é profissional de minha parte, mas por favor me dá um autógrafo?”
Michael gargalhou com o jeitinho da moça ao fazer aquele pedido. Ele apenas assentiu, então ela abriu um aba do armário abaixo do balcão tirando dali uma cópia do álbum Bad, colocando sobre a bancada. Rapidamente pegou também uma caneta. Como de costume, Michael registrou sua marcante assinatura, deixando a moça extremamente feliz. Fez o sinal de namastê, pagando pelo lanche, saiu dali, indo direto para a recepção.
“-Senhor Jackson, como foi a hospedagem?? Passou bem??” Perguntou o gerente educadamente. Michael não estava para muita conversa, apenas respondeu:
“-Sim.
Por favor a conta, quero encerrar.” O homem rapidamente entregou à Michael um prancheta com documentos, ele assinou, e também fez um cheque.
“-Obrigado pela preferência senhor Jackson, volte sempre.”
Michael apenas maneou a cabeça. Saindo dali, rumou para o estacionamento do hotel. Parou de frente à um carro ford EcoSport, a porta foi aberta por um de seus guarda-costas, fazendo Michael adentrar e fechar, suspirou pesadamente.
“-Ulisses vamos embora daqui. Guie o carro para o consultório do Dr. Debret.
O homem alto e robusto apenas assentiu. Então o carro começou a seguir seu destino. No trajeto, Michael passou pelo estúdio de maquiagem de sua funcionária e amiga karen Faye. Ela pediu para ir com ele, pois precisava saber qual seria a próxima etapa de fluidos cosméticos que deveria utilizar na pele dele.
“-Oi, bom dia Mike.”
Ela disse, entrando no carro.
“-Oi Karen. Como está?? E sua filhinha a pequena Luciana?? Faz um tempinho que você não a leva na gravadora ou em Neverland.”
“-Estou bem, somente um pouco cansada pois tive que fazer a maquiagem de uma atriz mexicana, de última hora. Luciana está com o pai na Carolina do Norte. Quando ela regressar, eu a levarei em Neverland para brincar com a Riley e Ben.”
Disse e sorriu, Michael apenas forçou levemente um sorriso.
“-Mas parece que quem não está bem é você. O que aconteceu Mike?” Ela perguntou preocupada.
“- O de sempre, a Lisa não está pronta para temos um bebê. E ainda tem uma conhecida minha, que me fez a proposta de que teria um filho meu se assim eu quisesse.”
“-Michael por Deus!!! Você não ama a Lisa?? Espere o tempo dela. Não caia nessa, com certeza essa mulher é uma oportunista que vai destruir seu casamento.”
“-Ela não é oportunista! Eu a conheço à anos. E você sabe do meu desejo de ser pai! Se ela pode realizar esse meu desejo, irei aceitar. Por mais que eu ame Lisa Marie, não posso mais esperar e nem quero. Além do mais, eu não farei sexo com essa mulher, iremos à uma clínica de fertilização, vão recolher meu esperma, para realizarmos uma inseminação artificial.”
“-Essa piranha já havia planejado em tudo" – pensou karen consigo.
“-Okay Michael, mas se por causa dessa sua teimosia você perder Lisa, não vai adiantar chorar pelo leite derramado!!!”
Michael apenas assentiu um pouco tristonho, ele sabia que karen estava certa, mas não voltaria atrás em sua decisão.
{...}
“-Michael o vitiligo está sendo devidamente tratado, sua saúde está ótima. Vou te receitar algumas vitaminas. Peço que você apenas beba mais água.” – prescreveu o doutor, dando a receita nas mãos de Michael.
“-Okay doutor, obrigado."
Senhor Debret, irei levar uma de suas funcionárias à um outro lugar, mas eu pagarei pela ausência dela no expediente desta tarde.”
Dr. Alfonso Debret apenas assentiu. Saíram da sala juntos. Doutor Alfonso solicitou por outro paciente, e então Michael passou pela recepção.
“- Oi Cláudia, você viu a enfermeira Rowe?” - perguntou e ela sorriu simpática.
“-Está na sala de raio- x com um paciente.”
“-Obrigado.”
Michael se afastou, indo para a sala de espera, se assentando numa poltrona confortável que havia ali. Karen apareceu em seu campo de visão, com um café em mãos.
“-Michael eu já conversei com o doutor Debret, estou indo embora okay, pegarei um táxi. Até mais.” Ela apenas informou.
“- Se quiser peço para Ulisses te levar.”
“-Não tem necessidade. Até mais.”
Se despediram afavelmente. Karen bebeu seu cafezinho, descartando o copo no lixo que havia na recepção, saiu as pressas pela porta do consultório, tomando um táxi.
“-Para Santa Bárbara, rancho Neverland.”
Ela disse ao taxista que rompeu o carro ao seu destino.
{...}
“- Oi Michael!! Veio para a consulta de rotina?”
Debbie perguntou com um sorriso dançando nos lábios. Eles se cumprimentam amigavelmente.
“-Sim. Mas também vim para te buscar. Queria te dizer que sim!!! Eu aceito que você seja a mãe de meu futuro filho ou filha.”
Ele disse e ela abriu um sorriso maior ainda.
{...}
O trânsito em Los Angeles estava infernal. Por conta disto Michael convidou Debbie para almoçarem em um restaurante discreto. Porém ele estava sem seus disfarces e isso fez com que chamasse ainda mais a atenção de alguns paparazzis. Michael acenou e vários flashs de câmeras quase os cegaram, registrando assim fotos com aquela mulher que não era sua esposa.
Dentro do restaurante, pediram o prato do dia: era alcachofras e arroz risoto com frango ao molho. Se sentaram rente a mesa e iniciaram um conversa amena.
“- Estou feliz que tenha aceito minha proposta Michael. Desculpe dizer mas sua esposa jamais lhe dará um filho. A mãe dela jamais permitiria isso.” Debbie disse venenosa deixando Michael visivelmente desconfortado.
“- Debbie eu preciso que você entenda que eu amo Lisa Marie. O que você fará por mim é como se fosse uma transação comercial. Te recompensarei muito por isso.”
“-Eu jamais pensei em fazer isso pelo dinheiro, mas não serei hipócrita, irei aceitá-lo porque preciso dessa grana. Mas quero que saiba que mesmo você amando a outra lá, a patricinha arrogante, eu te amo de verdade e farei isso para demonstrar meu amor e devoção à ti. Será um presente do meu coração para o seu.”
Ela sorrateiramente entrelaçou as mãos de ambos que estavam sobre a mesa. Michael engoliu seco.
“- Tudo bem. Mas por favor não jogue isso na mídia. Será nosso segredo. Não quero expor nem a você e nem colocar em risco meu casamento. Por enquanto vamos manter em segredo.”
Ela apenas assentiu. O almoço foi servido e transcorreu tranquilamente.
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Finalmente a EcoSport preta chegou na clínica de fertilização do doutor Baruan Nadil. Ulisses a estacionou nas externalidades do local para não fazer alarde. Michael e Debbie adentram juntos no ambiente, sendo recebidos por uma enfermeira.
“-Senhor Jackson estávamos a vossa espera. Entre naquela sala ali a sua esquerda, pois faremos os exames procedimentais, para que assim possamos recolher seus espermas.
E a senhora Rowe, entre na outra sala que fica no corredor a sua direita, lá será feito uma série de exames para verificarmos se seu útero está saudável e se você está na época da ovulação fértil."
Eles assentiram fazendo conforme a moça de jaleco e uniforme branco os orientou.
Após algumas horas para a realização de todos os procedimentos necessários e com o recolhimento do esperma de Michael, Debbie foi levada à mais uma outra sala, porém agora adaptada. E foi naquele ambiente que se realizou de fato pelo doutor Nail e por sua equipe especializada a inseminação artificial.
“-Senhor Jackson a inseminação foi um sucesso! Meus parabéns, você será papai daqui à noves meses.”
Michael sorriu agradecendo ao médico e a todos ali na sala, e eufórico beijou carinhosamente o rosto de Debbie que chorou emocionada acarinhando seu ventre.
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Santa Bárbara, rancho Neverland, três meses antes, anos 2000.
Narração da Lisa Marie:
Cheguei naquela tarde completamente exausta. Após deixar meus filhos no colégio , tive que passar na Presley Enterprises, pois papai havia me dito que tinha suspeitas de que algum funcionário influente estava roubando nossas finanças. Depois de horas infindáveis em reunião, e com um dossiê de tudo que foi apurado, conseguimos finalmente descobrir que Charles Lockwood, um de nossos gestores executivos, era o corrupto que estava lavando dinheiro da empresa. Papai o demitiu de imediato.
Ao regressar em Neverland, já fui tirando meus sapatos de salto, sentei confortavelmente no sofá, comecei a massagear meus pés doloridos, chamei por Rosa, que prontamente veio me atender.
“-Sim senhora Jackson? O que desejas?”
“- O senhor Jackson já chegou?
“-Não senhora. Mas ligou mais cedo a sua procura.”
“-Obrigada.”
Quando ela fez menção de sair, a companhia tocou, Rosa foi atender. De repente karen apareceu em meu campo de visão, estava bem atordoada.
A cumprimentei, ela se assentou ao meu lado, colocando a sua bolsa na mesinha de centro.
“-Pensei que vira com ele.”
Falei nervosa. Ela apenas suspirou.
“-Lisa eu preciso te contar uma coisa que eu considero grave.”
“-Desembucha. O que aquele idiota aprontou dessa vez?”
Falei com irritação evidente.
“-Foi uma merda das grandes. Mas como somos melhores amigas, eu jamais seria conivente com essa sandice dele.”
Ela suspirou. Meu rosto começou a esquentar, bufei.
“-Tem uma enfermeira no consultório do Dr. Debret, chamada Deborah Rowe. Ela fez uma proposta indecente ao Michael de ter um bebê para ele, já que você estava relutante.”
“-Karen que porra é essa que você está me dizendo??? Eu juro que se isso for verdade, quebro a cabeça oca daquele maldito com esses vasos decorativos.”
Bradei, passando minhas mães inquietas por meus cabelos e rosto. Estava putassa com aquilo.
“-E tem mais... Ele... Bom, Michael aceitou a proposta, e depois de passar por sua consulta de rotina, ele decidiu levá-la à uma clínica específica para realizar uma inseminação artificial, e nessas horas Debbie já deve estar grávida dele.”
Quando Karen terminou de falar eu senti como se tudo dentro de mim tivesse sido quebrado, senti meu coração sufocar pela dor, as lágrimas vieram como uma avalanche.
Era inacreditável que o homem do qual eu amava tanto havia engravidado outra mulher, por puro capricho, teimosia, jogando nosso casamento as favas.
{...}
◇◇◇◇◇
Capítulo 5: Crises de ciúmes - parte 2
Santa Bárbara, rancho Neverland, 2009 (dias atuais)
Narração da Lisa Marie:
Aquela atitude do Michael era extremamente ridícula e infantil. Depois de tudo que passamos e de tudo que ele me fez, tem a audácia de querer ter ciúmes??? Aaaah vai a merda!!! Ele deu sorte de eu não mandá-lo fazer companhia para o Bubbles!!!!
Depois daquela pequena discussão interna, voltei para o quarto de meu filho. Adam já o havia examinado, e assim que entrei ele estava terminando de dar recomendações médicas ao Prince, que já estava com o seu rostinho mais corado.
“ - Adam, e aí, ele está mesmo com caxumba??”
“-Sim Lisa, nosso meninão está com caxumba, mas já apliquei uma dose de princonecol em suas veias. Prescreverei esses outros remedinhos, e daqui a 15 dias ele ficará totalmente recuperado. Não poderá se esforçar nesse meio tempo, deverá fazer repouso absoluto.”
Assenti. Ele me entregou a receita.
“-Doutor então eu não poderei ir para a escola???”
“- Durante esses quinze dias não.”
“-Querido, não se preocupe, chamarei a senhora Garner para lhe dar aulas particulares nesses dias. Ela é uma grande preceptora, uma estudiosa fascinante que se tornou amiga da mamãe na época faculdade. Fique tranquilo, ela é maravilhosa, você vai adorar.”
Meu filho me ofertou um sorriso de felicidade. Prince era muito estudioso, já estava preocupado de não poder ir para escola, e já bastava o dia perdido de hoje por ter ficado adoentado.
“-Tchau doutor Adam, muito obrigado por tudo!”
Adam sorriu, apertando a mão de Prince, bagunçando seus cachichos lindos divertidamente. Acompanhei Adam até onde estacionou seu carro, enquanto Grace ficou fazendo companhia para Prince.
No caminho até o veículo, que ele havia estacionado bem perto da entrada principal, já passava das 10 horas, aproveitamos para conversarmos um pouco.
“-Fez curso de faculdade é? De que hein?? Não sabia.”
Me questionou.
“-De Artes e Música.”
Ele maneou a cabeça.
“-Lisa eu sinto muito pelo Michael ter sentido ciúmes. Aquilo de fingir sobre os gêmeos serem meus filhos foi algo que pra mim ele já tinha superado. E também não tenho intenção nenhuma de atrapalhar seu casamento. Quando amamos alguém desejamos que esta pessoa seja feliz, mesmo que não seja ao nosso lado. Te desejo o melhor, baixinha.”
Sorri. Adam era um bom homem, além de um amigo maravilhoso. Beijei sua bochecha, sussurrando perto de seu ouvido um: “Obrigada por me entender tão bem”, ele sorriu largo como resposta, me afastei de imediato.
“-Fica tranquilo Adam, Michael agiu igual um babaca, mas logo faremos as pazes. Vou dar uma canseira naquele cabeça de maçã.”
Adam riu pela forma que falei, fez gestos de despedidas e eu os retribuí. Entrou no carro. Alguns empregados abriram os grandes portões de Neverland, e então seu veículo perpassou.
Suspirei com pesar. Entrei de volta pra dentro de casa.
{...}
Narração do Michael:
Custei em acreditar que a Lisa não deu razão a mim por ter sentido ciúmes!!! Aquele engomadinho filho da puta, que estava descaradamente afim da minha mulher, tinha passe livre na minha casa, e eu sou o errado!!!
Ela me expulsou do quarto, pra variar. Enquanto discutia em pensamentos, tentando arrumar algumas coisas no meu lado do closet, batem na porta. Abro, era meu sogro.
“-Mike eu vim dizer que já estou indo. Tenta entender aquela baixinha esquentada. Cara você não deveria ter discutido, deu ênfase para aquele médico de araque! Fez tudo errado porra!!!”
“-Eu sei sogro. Deveria ter ficado quieto, mas o ciúmes me cegou. Bom, vou deixar passar um tempinho e tentar acertar as coisas com a Lisa. Preciso aprender a controlar esse ranço e a ciumeira brava que sinto daquele mané.”
“-Precisa sim. Mas é um processo. Não se sinta ameaçado, Lisa Marie te ama, já provou isso inúmeras vezes pra você. Mas te entendo perfeitamente, o problema foi a forma de como você explodiu, fudendo tudo!”
“-Você sempre sendo sensato sogro! Por isso que a nossa baixinha puxou a ti!”
Rimos juntos.
“-Bom, espera até a poeira abaixar. Aí conversa com ela, abra seu coração. Lisa com certeza vai compreender e mudar de atitude. Michael as mulheres são mais sensitivas e sábias que nós, se você conseguir explicar de maneira clara à Lisa como a presença do doutor Adam te afeta, tenho certeza que ela vai mudar a forma de como está agindo."
Assenti. Meu sogro com toda a sua sabedoria e experiência de vida, sempre me fazia refletir, Elvis era a melhor pessoa.
“ Que tal ir vermos como está o Prince?! aí de lá eu vou para o estacionamento pegar minha moto e vou me embora!!!
Assenti, e então caminhamos para o quarto de meu filho.
{...}
“-Vovô Elvis!” gritou Prince todo eufórico.
Grace informou que iria deixar nos com Prince enquanto fazia algumas tarefas que estavam pendentes, se apartando dali do recinto.
Em contrapartida, avô e netinho abraçaram carinhosamente, Elvis beijou o topo da cabecinha dele. Sentei com Prince em sua cama, Elvis pegou uma cadeira, sentando ao lado.
“-Papai pensei que já tinha ido pra gravadora.”
“-Jamais. Quando Grace nos disse que você não estava bem, decidi ficar em casa com você.”
Ele sorriu feliz.
“-Papai, o doutor Adam me atendeu super bem. Olha como o inchaço da caxumba diminui.”
Prince me explicou em detalhes tudo que o médico de araque fez no seu atendimento. Eu precisava reconhecer que ele era um ótimo profissional.
Ficamos algum tempo batendo papo, rindo, contando piada, distraindo meu meninão. Tempo o suficiente para o almoço ser feito e Rosa vir nos avisar.
“-Prince se cuide hein, para começar a frequentar logo o colégio. Amanhã o vovô volta para te visitar.”
“-Almoça conosco sogro?!”
“- Hoje não Michael, combinei de comer com minha namorada, já devo estar atrasado.”
“- Eita, e quem é a mulher da vez?”
“-Breve vocês irão saber.
Bom, tchau Prince, até mais.”
Elvis saiu acompanhado de Rosa, a meu pedido.
“-Papai posso descer para comer com vocês?”
“-Vai descer sim, mas vamos esperar um pouco, pois mandei adaptarem uma das salas de jogos para que você fique bem confortável. Papai irá te levar no colo, assim que nos avisarmos que está tudo pronto.”
Disse- lhe e ele assentiu feliz. De repente Rosa entrou totalmente nervosa no quarto, parecia que tinha visto um fantasma.
“-Senhor Jackson, me perdoe entrar assim, desta vez, é que tens visita. Pedi para um dos funcionários acompanhá-la em seu escritório particular.”
“-Quem é?”
Rosa hesitou por um momento em me responder.
“-A senhora Brooke Shields.”
Para a minha falta de sorte, Lisa estava parada na porta, quando ouviu aquele nome, bufou, fazendo cara de poucos amigos.
“-Rosa, avise a Senhora Shields, que o casal Presley Jackson jajá irá atendê-la e peça à Gioconda que servia algo para que ela possa degustar.”
Ela ordenou. Rosa apenas assentiu, se apartando dali.
“- O almoço já está servido na salinha que adaptamos para ti meu amorzinho. Vamos??? papai irá te carregar.”
Após dizer isso, e acarinhar nosso filho que se alegrou de sobremodo. Lisa se aproximou e rente ao meu ouvido, cochichou:
“- Atenderemos aquela mulher após o almoço, entendeu.”
Aquela frase dela estava carregada de ciúmes. Lisa odiava Brooke, e fazia uns 5 anos que ela não pisava em Neverland. Nunca proibi sua vinda aqui, mas no último evento que foi realizado no rancho, Brooke tentou me seduzir a todo custo, e aquilo deixou Lisa muito nervosa, mas ela não arrumou briga por isso. Continuou firme, pois minha mulher sempre foi segura, mas seu descontentamento era nítido.
Assenti, pegando Prince cuidadosamente no colo. Descemos as escadas, indo direto para a sala adaptada. Sentei ele numa poltrona com mesinha, eu e Lisa nos assentamos no chão rente a uma mesinha média de centro. Gioconda alocou as vasilhas com os alimentos à mesa, trouxe talheres e copos. Ela preparou arroz com verduras, estrogonofe e sardinha à vapor. Tomamos suco de laranja.
Servi Prince, a mim e Lisa. Comemos desfrutando da companhia um dos outros. Prince estava sendo bem cuidado e paparicado.
“-Eu preciso ir ainda hoje à Elvis Enterprises, tenho muito trabalho lá, agora com recentes contratos de artistas novos. Vou pedir para Riley comprar os remédios prescritos pelo médico para Prince tomar. Pode cuidar dele?! Quero dar folga a Grace, já que ela dobrou dois turnos, por causa de nossos excessos de tarefas.”
“-Okay, eu prometi ao nosso meninão que hoje ficaria com ele. Aliás quando qualquer membro dessa família fica adoentado, eu não penso de outra forma, vocês veem antes de qualquer coisa na minha vida.”
Lisa assentiu, mas manteve seu rosto sério. O resto do almoço transcorreu se normalmente. Ao final, acompanhado por Lisa, levei Prince novamente ao quarto, deite-o sobre sua cama, o cobri. Beijei sua testa e o cheirei. Lisa fez o mesmo. Grace adentrou no quarto para ficar com ele enquanto atendíamos Brooke.
“-Grace, depois que o senhor Jackson retornar ao quarto, você pode ir para sua casa, terá esse fim de dia de folga e o de amanhã inteiro.”
A babá sorriu, maneando a cabeça.
{...}
Saímos do recinto, caminhamos para o meu escritório. Quando entramos, Brooke estava sentada, e foi impossível não notar sua saia jeans curtíssima, uma blusinha vermelha que deixava suas costas à mostra, combinando com as sandálias e o batom marcante. Lisa reparou Brooke dos pés à cabeça, pigarreando a garganta, chamando a atenção dela, que se levantou rapidamente.
“- Olá Michael.”
Me disse, me abraçando e me dando beijinhos no rosto. Lisa suspirou pesadamente.
“-Oi querida, como vai?”
Brooke cumprimentou Lisa secamente.
“- Bem, aliás muito bem. O que desejas aqui na minha casa?”
“-Bom, eu preciso pedir algo muito importante ao Michael, e o assunto é somente com ele.”
“- Somos um casal, se quiser algo pode dizer comigo presente, Michael e eu temos uma relação limpa e de confiança. Então sem rodeios, por favor, queridinha!"
“ – Okay . Vim pedir ao Michael, se ele pode me ajudar com a publicidade do meu novo livro: “Brooke de verdade". Ele é um artista extraordinário, mas é um empresário acima da média, gostaria de contratar seus serviços.”
Brooke se sentou novamente, cruzando as pernas de forma provocativa, fazendo Lisa fuzilá-la com reprovação.
“- O Michael tem um empresário muito melhor que ele, que cuida de sua carreira à anos por sinal, chama se John Branca. Procure por ele. Além do mais, meu marido está terrivelmente atarefado com suas novas composições e preparativos à uma viagem que faremos para Inglaterra, nas férias das crianças.”
“- Michael, sua mulher fala por você agora?”
“-Não querida, ele tem boca própria para falar, mas ficou deslumbrado com os pedaços de trampo dos quais você veio vestida.”
Brooke olhou chocada para Lisa, que colocou a mão na cintura, imponente.
“- Brooke eu... É, Lisa tem razão. A única coisa que eu posso fazer por você é comprar seu livro e ir no evento de lançamento quando for publicado. Procure por Jonh, ele vai te ajudar muito melhor do que eu poderia.”
“- Eu não irei desistir querido. Até mais.”
Ela se levantou beijando demoradamente meu rosto, passou por Lisa que deu-lhe uma braçada sugestiva, que fez Brooke capengar e quase ir ao chão, mas com dificuldades ela conseguiu sair da sala.
Lisa bateu a porta com força, gritando:
“-Vadiaaaaaaa, putaaaaaaa, piranha.”
“- Pequena se acalme por favor.”
Tentei me aproximar, ela se desvencilhou.
“-Essa piranha me tira do sério! Parece que adora me perturbar. Vadiaaaaaa!!!!
Sabe eu vou comprar esse lixo de livro dela, e detonar essa vaca nas críticas.”
Quase solto uma gargalhada alta por causa da forma como ela falou, Lisa me olhou ferozmente, engoli seco.
“- Pequena, por favor, me perdoa vai?!! Eu te amo, quero que fiquemos bem. Eu confesso que agi como um idiota, mas aquele cara também me tira do sério.”
Fui sincero com ela, que me olhou compadecida.
“- Michael, assim como eu confio em você, depois de tudo de desagradável que fizeste comigo no passado, você também precisa confiar em mim e no meu amor.”
Dito isso, ela abriu a porta e saiu dali, me deixando sozinho com os meus pensamentos barulhentos.
CONTINUA..
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